sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Na Grota dos outros...


De volta às ruas, literalmente,  deparo-me com a seguinte pauta: tiroteio no Vale do Reginaldo, Jacintinho.

12h de hoje. A caminho já tinha a informação de que havia um bandido baleado. No local, dois corpos estendidos no chão da grota, polícia e curiosos por todos os lados.

Munida de bloquinho e máquina fotográfica enfio pé na lama e vou lá fazer as fotos. Um baleado e outro se fazendo de morto.

Enquanto tento o melhor ângulo, por trás de uma cerca, ouço dois tiros e o coração quase vai à boca.

Olho pra casa mais próxima e penso: se isso continuar vou entrar nessa casa.

No terceiro tiro eu recuo. Casa cheia de homens um tanto... quer dizer, a casa não parecia muito convidativa.

Decidi morrer ali mesmo onde estava.

Passado o tumulto dos tiros é hora de encaminhar as fotos pra redação e a tremedeira quase não deixa, mas tentei manter o semblante de alguém muito corajoso e que já está acostumado com "os ossos do ofício".

Enganei bem. Quer dizer... mais ou menos. Já na saída, próximo ao carro da reportagem, um rapaz bate o pé para tirar a lama e a repórter corajosa aqui grita e corre.

E um morador logo se apressa em comprometer minha imagem. "Olha só que repórter corajosa! basta bater o pé e ela corre!".     (MALÉFICO!!!!)


Galera, eles não estão mortos... só fingindo, tá ?

P.S: Junior de Melo, valeu a força!

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Bolsa 'sem' valores

Na tentativa de achar a porcaria das chaves, tento lembrar a última vez que as usei para entrar em casa.
Tarefa inútil. Não pela pela memória de que não posso me gabar, mas pelo número de vezes que troco de bolsa ao longo da semana.

Não me resta outra alternativa: vasculhar uma por uma.

Dou início à empreitada e começo pelas bolsas que ficam mais 'à mão' (pelo menos 20).

Ufa! lá pela décima terceira encontro as benditas chaves. Bagunça total e a preguiça de guardar todas novamente.

E me vem a reflexão: tanta bolsa para tão pouco dinheiro...



E lembro de algumas amigas que têm uma bolsa de cada cor. Em comum não temos apenas a mania do acessório, mas também o frustrante saldo na conta bancária (aliás que conta ? ).

E a conclusão: desconfie das mulheres que têm uma bolsa para cada ocasião. Em boa parte dos casos, a quantidade é proprocional à 'lisura'. Até pq elas tendem a ser bem caras...

Vc conhece alguém assim?

domingo, 31 de julho de 2011

Vítima fatal??????


Quando peguei o meu bloco e minha máquina rumo à Central de Polícia, hoje às 22h, em busca de notícias, jamais supunha que além de um bêbado que insistia em dizer que só queria participar de uma festa - mas foi barrado pq era pobre - e de um registro de assalto à mão armada, eu fosse ter uma 'aula' de jornalismo ministrada por ninguém menos que o delegado.
Central sem qualquer movimento e o delegado Cícero Rocha puxa conversa.
- Minha cara jornalista, vc já ouviu a expressão vítima fatal?
- Sim, várias vezes.
- Mas vc sabe que é um erro absurdo?
- Não.
- Ele explica: - Há mulher fatal, acidentes fatais... mas vítima fatal???? a vítima já não é mais nada, muito menos fatal.
- De fato, delegado. Entendi. Vou lembrar sempre disso.
- E ele continua: e digo mais: quem dispara contra alguém e o fere vc trata como na sua matéria?
- Tentativa de homicídio.
- Olha vc errada! (havia um tom de satisfação nisso). Pode ter sido apenas lesão corporal. Nem sempre a pessoa que atira quer matar. Ás vezes quer dar um susto, machucar.

E quando eu achei que a 'aula' havia acabado o delegado dá uma saída e volta:

- Vc conhece esse livro (era o manual de redação O GLOBO)?
- Conheço.
- Pois estou lendo e aprendendo muito.
- Sabe pq estou te dizendo essas coisas?
- Pq não quero q vc seja mais um dos jornalistas que eu jamais darei nova entrevista!!!!

                                        

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Rodízio ou a la carte?

Uma de nossas leitoras nos enviou relatos de sua visita a um dos restaurantes orientais de Maceió, o Yukata.
Achando ela que o rodízio não seria a melhor opção, já que não estava com tanta fome, preferiu à La Carte, mas logo verificou a promoção de casal no valor de R$58,00. Então, prontamente chamou o garçom.

Ela: Boa tarde. Esse rodízio é para todos os dias?
Garçom: Sim!
Ela: Pois vamos querer.
Garçom: ... Casal senhora... Casal homem x mulher...
Ela: (boquiaberta) Então vocês têm discriminação aqui?
Garçom: (assustadoramente desinformado e também boquiaberto) Não... É... Não senhora.
Nossa leitora relatou ainda que levou pelo menos uns cinco minutos até levantar e se servir, sem saber que atitude tomar.  Elas optaram por não acionar a gerência para dizer o quanto se sentiram discriminadas (medo do garçom perder o emprego). Por outro lado torceram para que aquela situação servisse de lição.

E para os menos atentos:  Até o STF já reconheceu o casamento gay ou a união homoafetiva.

Aguardamos agora o reconhecimento dos garçons!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! 

terça-feira, 26 de julho de 2011

Quando a gente perde a chance de ficar calado


A jornalista Deborah Freire disse que o nome desse blog deveria ser CONSUMO. Isso pq grande parte das postagens é referente a momentos em compras. Concordo, mas aí perderíamos a piada...

E foi em mais um dia de CONSUMO que rolou mais uma das 'minhas inúmeras gafes'.

No último fim de semana, Feira dos Estados e Nações, no Centro de Convenções. Eu e duas amigas (1 e 2).

Flávia diz: - Olha esse vestido! Coisa horrível! só uma p... (É. Uso essas expressões de vez em quando!) veste isso.

Amiga 1: - Flávia, não é não. Eu tenho uma vestido igualzinho e não sou p...

Flávia insiste: - Não acredito! Claro que vc não vai vestir né (pergunto olhando para a amiga 2 para que ela me desse razão)

Amiga 1 - Claro que vou. Gostei e foi presente dela (amiga 2).

P.S: RESOLVI SUBSTITUIR NOMES POR NÚMEROS PARA NÃO 'ESTENDER' O CONSTRANGIMENTO.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

'Cabaré' virtual

 
Numa sociedade dita monogâmica, o nicho de mercado que vem se abrindo choca principalmente os mais românticos. Como trair nunca foi das tarefas mais fáceis, a temática vem ganhando requintes cada vez mais profissionais.
Neste mês, chegou ao Brasil o site especializado em encontrar um amante de forma discreta Ohhtel.com.br. E para justificar a ousadia, os idealizadores defendem que  é uma opção para as pessoas casadas que já não tenham vida sexual ativa com o parceiro e não estejam dispostas a se divorciar (acreditem!).
“É para garantir essa “estabilidade” no relacionamento dos adúlteros que a empresa promete total discrição sobre os dados do usuário”, explicam os organizadores, já nos convencendo que o serviço é quase uma responsabilidade social.
Como acessar
Para criar um perfil, basta dizer a idade e o sexo. A empresa ainda aconselha o usuário a criar um e-mail específico para o serviço e incentiva o uso de apelidos. A foto pode ser postada de forma privada, para que só pessoas autorizadas a vejam, o nome do site não aparece na fatura do cartão de crédito e ainda há opção para pagamento em dinheiro.
Custo
O cadastro é gratuito para as mulheres (ai, ai!!!! no meu tempo isso tinha outro nome).
Já os homens precisam pagar uma taxa inicial de R$60 reais.
Risco
Toda essa privacidade é garantida pela empresa apenas dentro do meio virtual. Se os usuários quiserem colocar em prática a traição, os encontros clandestinos são por sua conta e risco.
Pelo visto essas empresas têm terreno fértil por aqui. Este já é o segundo site voltado para traição a ser inaugurado no país. Desde maio deste ano, o serviço holandês Second Love está disponível para brasileiros. O bem-sucedido site Ashley Madison, também dos Estados Unidos, deve lançar sua versão tupiniquim no próximo mês.
P.S: Em São Paulo e no Rio de Janeiro já há empresas especializadas em álibes para aqueles que precisam pular a cerca com segurança. Até material de curso eles preparam para conferir mais credibilidade às desculpas esfarrapadas.  (VAI QUE A MODA PEGA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!)

Com Exame. com

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Não se fazem mais homens como antigamente

Quarta-feira, 20 de julho, 20h30. Panaderia, na Ponta Verde.
Avenida Deputado José Lages movimentadíssima.
A pressa para aproveitar a última hora da padaria aberta foi interrompida por uma mulher aos gritos logo à esquina.
Todos correm e se deparam com a cena: A moça a gritar e dois rapazes ao lado dela, um em cima de uma moto e outro ‘atrapalhadamente’ tentando subir . Ele segurava a bolsa que tinha acabado de tomar à força. Os dois usavam capacetes  cor de rosa.
(Minha aflição era que a moça se calasse pq por muito menos muita gente já perdeu a vida).
Após algum tempo o bandido finalmente conseguiu subir na moto e fugir.
Passado o risco, o segurança da padaria, que assistiu a tudo imóvel, correu para se juntar à multidão que rodeava a vítima. Em meio a confusão foi abordado por uma senhora aparentando uns sessenta anos.

- Vem cá meu filho, vc não tem vergonha não (questiona) Como é que  vc vê tudo e não dá pelo menos um grito pra espantar aqueles homens. Tanto tamanho pra quê. No meu tempo homem não assistia a mocinha correr um perigo desse e fingia que não tava vendo.  Que vergonha!!!
Alguém na padaria alerta:
- Senhora! Seu pão.
E ela:
-Não quero mais pão e nem quero mais saber dessa padaria que só tem homem ‘frôxo’.
E foi embora.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

O pipoqueiro ilustre


Em mais uma manhã de compras para ‘desestressar’ eu e minha mãe fomos a loja Riachuelo. Duas horas selecionando roupas e acessórios e uma para experimentar parte deles.
No caixa, após uma fila quilométrica que se arrastava, chega a nossa vez.
- O cartão não está atualizado (diz a atendente)
- e... (questiono)
- Terá que subir e atualizar e se você não for a titular, não adianta; o titular tem que comparecer à loja.
- Então não vou levar as mercadorias?
- Não (responde secamente a atendente ávida pela próxima cliente)
- Há alguma restrição no cartão (insistimos)
- Não.
Pedi que viesse um superior até nós, no caixa, e a moça mais uma vez sem qualquer indício de gentileza disse: “A senhora tem que subir”.
Minha mãe encara os lances de escada para 'implorar' uma compra.  Explica que é cliente desde 1996 e nunca atrasou uma fatura  e que gostaria de comprar no cartão da loja... blá, blá, blá
(O problema, segundo eles, era o fato de não usar o cartão há seis meses)
Uma hora e meia depois,  após maus-tratos da atendente, demora na atualização do cadastro conseguimos levar as compras. Logo repenso essa história de ‘compras pra desestressar’.
Ironicamente, no fim de semana seguinte, vou a convite do Hotel Radisson a uma sessão de cinema.
10h30, duas filas enormes para a pipoca e o refrigerante.
Percebi que além dos atendentes, um senhor, no balcão e sem  uniforme, ‘privilegiava’ um lado da fila (só servia a pipoca para o lado contrário ao meu, obviamente).
Reclamei e fui prontamente atendida.
Já na sala de cinema, antes de iniciar o filme, os agradecimentos pela nossa presença:
Uma fala cordial do gerente do Hotel Radisson e outra muito breve e simples de boas-vindas do senhor que me serviu as pipocas: Eli Jorge de Lima, presidente da rede Centerplex.
(UM EXEMPLO NÃO SÓ PRA A RIACHELO)