sexta-feira, 13 de maio de 2011

Mulé é invenção do cão


A espera pelo UFAL/Ipioca nos permite muitas coisas: ligar para uma amiga pra jogar conversa fora e acabar com os créditos do celular (e os bônus também), dar uma geral na bolsa, colocar em dia a leitura ou mesmo prestar atenção na conversa alheia. Optei pela última.

Seu Abílio, um senhor beirando os 60 anos é um homem que segundo ele “amou demais”.

E foi com saudosismo que ele contou (para uma amiga à minha frente) seu último desacerto amoroso.

“Sabe dona Ana... minha ex-mulé, que fiquei casado 22 anos foi embora de casa”
...
“Não dona Ana, não foi agora não. Já faz tempo. Arrumou os panos de bunda e se mandou. Deixou eu com oito filhos e sumiu no mundo”
...
“Criei todos certinho. Trabalhei que só a porra e hoje tenho até umas casinhas de aluguel”

“Desde que construí essas casinhas é ‘mulé de rodo’ atrás... tu nem sabe!”

“Mas estou só e você não sabe: aquela que me largou (a ex-mulher) acho que soube que tô bem (R$), tenho umas casinhas... mandou dizer que tá voltando. Repara!”

“É mesmo que eu tá vendo: vai chegar quietinha, arrependida e cheia de amor pra dar, e fazer de conta que saiu de casa ontem”

“Vai, vai ser assim. Eu conheço. Num tô dizendo. Mulé, dona Ana, é invenção do cão.”

“Mas vou receber ela todo amoroso... sei que lá... Não sabe ela da espingardinha embaixo da cama.” 

2 comentários:

  1. Adorei o blog! Parece que está conversando com o leitor, desses papos que a gente leva para passar o tempo e comentar a vida.

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  2. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

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