quinta-feira, 7 de abril de 2011

Atirador do Rio: temos que nos manter em estado de choque




O caso do atirador do Rio, que matou 12 crianças e feriu outras 13, choca e nos leva a alguns questionamentos. Passado o impacto das primeiras horas da notícia, começa-se a especular sobre as motivações.

A atrocidade é pauta hoje de todos os jornais, mas na busca por esgotar o fato (que merece ser trabalhado à exaustão sim) abordagens sobre bullyng, possíveis problemas quando aluno daquela escola, transtornos mentais dão a falsa impressão de que não apenas explicam, mas justificam os crimes.

Isso porque quando se colocam no foco as motivações, corre-se sério risco de amenizar o dolo. Algo que não pode acontecer. Temos que ficar chocados, nos manter assim sob total indignação e não deixar que nada intervenha nesse estado.

Aqui em Alagoas, Maceió, tivemos o caso do filho que matou o pai a tiros e o enterrou em casa. E o que se assistiu no decorrer dos acontecimentos foi uma avalanche de justificativas: a vítima seria um pai repressivo, duro, violento... e à medida que o outro lado tomou a mídia, a perda da vida passou a ser tratada como conseqüência. Até mesmo a delegada do caso se sensibilizou. Mas não esqueçamos que o réu confesso – o filho – era um rapaz saudável, maior de idade e que tinha tudo para construir a sua vida longe do contexto repressivo do seu pai. Mas ele optou por acabar com sua vida e ficar na sua casa.

Que a imprensa tenha a medida pelo o seu alto poder de influência e formação.

Um comentário:

  1. Gostei muito do material postado no blog. Quero parabenizá-las pela qualidade da redação e pela nitidez das idéias e acontecimentos aqui trazidos. Convidei outros colegas para conhecer o blog, parabéns.
    Um abraço
    Anderson

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